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Não precisa estar na casa dos 40 pra saber que as mulheres que desejam ser conquistadas não gostam nem um pouco de um homem forçando a barra. Isso se aprende na adolescência. Na conquista do cliente isso também se faz necessário. Nenhum cliente gosta de ninguém forçando a barra pra lhe vender qualquer coisa que seja. A diferença aqui é que no caso da conquista do cliente, podemos aprender isso antes mesmo do “negócio nascer”.

Com exceção de raras coincidências, o cliente pode ter dificuldade de encontrar um produto que tem urgência e de repente alguém aparecer quase que milagrosamente na frente dele com o produto desejado. Mas isso não costuma acontecer, por isso jamais espere resultado por aí. Isso só acontece nas propagandas mais idiotas.

O consumidor aprendeu a se esquivar dos anúncios, propagandas e daqueles que querem lhe vender algo. Daquela mesma forma que os homens mais chatos que forçaram a barra ao longo do tempo ensinaram as mulheres a se esquivarem deles. A grande maioria dos homens demorou muito pra perceber que as cantadas baratas apenas atraiam um tipo de mulher que eles não desejavam. E com isso elas ganharam mais discernimento ao serem conquistadas.

Da mesma forma, os excessos do antigo marketing e das vendas forçaram tanto a barra que naturalmente resultou em um discernimento diferente do consumidor. Também foram responsáveis por isso aquelas empresas que forçaram goela abaixo dos consumidores aqueles produtos de péssima qualidade, enquanto faziam propagandas caríssimas pra dizer que aquilo tinha alguma vantagem.

As mulheres ao longo do tempo aprenderam a perceber facilmente os tipos de homens que fazem propaganda de seu “bom caráter”, mas empurram goela abaixo delas um relacionamento casual. Em ambos os casos alguém tenta enganar alguém de forma egoísta. Essas coisas deixam as pessoas calejadas, e isso é uma qualidade do ser humano, ele tende a não cair sempre no mesmo engano.

Portanto a analogia de conquistar um consumidor como quem conquista uma mulher é a prática do futuro também no Marketing. Os homens também aprenderam que para ter sucesso na conquista daquela mulher (que deseja ser conquistada) eles precisam aprender primeiro a não forçar a barra com elas.

Mas tenha ânimo, existe uma boa estratégia pra conquistar o consumidor, e olha que esta também já trouxe resultados até na conquista de mulheres e ainda solucionou o problema de não precisar forçar a barra com elas. A estratégia está primeiramente em buscar o mesmo objetivo que elas, pois aquele que deseja conquistar uma mulher de forma duradoura, precisa pensar no relacionamento de forma igualmente duradoura.

Da mesma forma que existem aquelas pessoas que não querem um relacionamento duradouro, existem aqueles consumidores que já sabem que não querem aquele determinado produto, e então não adianta insistir, até porque isso teria um efeito contrário.

As empresas precisam parar de pensar tão somente em vender e obter lucros cada vez maiores às custas das “lábias”. Elas precisam pensar em como manter uma melhor experiência durante todo o relacionamento constante do seu consumidor com a Marca, para depois de resolver o problema deles, obter lucros por consequência da qualidade. É aí que muitas empresas erram, porque forçam a barra com seu público e se tornam chatas, fazendo um grande favor aos seus concorrentes, quando existem.

“Se os negócios não aprenderem a conquistar os consumidores
de forma mais transparente e sincera, eles vão parar de vender.”

Bom, voltando a referida estratégia, além de precisar buscar o mesmo objetivo do seu consumidor, é necessário que seja construído um relacionamento com ele. E isso não se faz apenas no “primeiro encontro”. As empresas pecam (e já pecaram até demais) forçando esse primeiro encontro, que assim como tantos relacionamentos entre pessoas não passaram pra o segundo encontro. É assim que os produtos estão chegando aos consumidores, buscando um “relacionamento casual”.

E o segredo específico desta estratégia está em: ao invés de buscar aparecer milagrosamente na frente de qualquer pessoa com seu produto, sem ao menos saber se ele realmente precisa (ou se tem condições de adquiri-lo), é buscar estar sempre presente e disponível em todos os meios que o público específico de consumidores costumam estar sem precisar forçar nada. Pelo contrário, é preciso cordialidade de forma consistente em todos os relacionamentos com o público.

É importante estar presente de forma adequada (assunto também pra outro artigo), transmitindo: segurança e confiança através do comportamento do negócio; a idéia de qualidade por não precisar forçar seu produto (é necessária, de fato, a qualidade); e especialmente uma apresentação visual consistente da sua Marca em todos os meios, falando a mesma linguagem e tendo um comportamento consistente.

Assim quando ele precisar (e tiver condições) vai saber exatamente onde encontrar o que precisa, de acordo com a sua própria liberdade, vontade e necessidade, afinal é sempre ele que vai decidir. E o resultado é que esta experiência libertadora para o consumidor será constante e o transformará em um cliente fiel. Não basta apenas convencê-lo a comprar algo que ele não compraria se ninguém insistisse. Se ele não tiver uma boa experiência, não voltará a comprar. E pior, se um dia tiver necessidade vai preferir procurar a concorrência.

O objetivo do negócio não é vender apenas uma vez, é vender sempre. É preciso estar lá no lugar certo e na hora certa. E mais importante do que isso é estar de forma melhor e diferente da concorrência. E por incrível que pareça, a maioria desta concorrência não está fazendo o dever de casa, abrindo assim um constante espaço pra ser preenchido na mente do consumidor.

Quando um espaço vazio é preenchido na mente do consumidor e ele tem ótimas experiências, então aquele objetivo do relacionamento duradouro foi conquistado. E esta conquista, assim como acontece com as mulheres, atinge em cheio o coração do consumidor através das emoções despertadas (Óóhh que romântico!).

Bom, romantismo a parte, essas emoções evoluem na maioria das vezes para uma paixão por aquela Marca que o envolveu. Por isso é tão comum ver consumidores expressando em público o seu amor por algo que ele comprou, igualmente como fazem com seus relacionamentos conjugais. E o seu Negócio? Como está o relacionamento dele com seus consumidores?